Amigos, a participação do Boris C. no CCC em 68 foi neste cenário:
22 Atentados de extrema direita preparam para o o AI 5 em 1968
São Paulo, Rio, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Sul tiveram alvos no semestre em que o regime fechou o Congresso e ampliou a perseguição política em 1968.
Em S. Paulo a 18 de julho atores da peça Roda Viva de Chico Buarque foram espancados e o teatro Galpão depredado pela sigla CCC.
A 2 e 3 de outubro o prédio da Faculdade de Filosofia da USP era destruído a bombas e um estudante morreu a tiro. No dia 5 sequestraram a atriz Norma Benguel e a levaram a um quartel do Exército no Rio de Janeiro.
Lá, bomba dera prejuízo à Associação Brasileira de Imprensa em julho e em outubro à editora Civilização Brasileira.
Em Porto Alegre, mais atores de Roda Viva foram sequestrados em outubro.
A 12 de dezembro a Câmara dos Deputados não dá licença para processar Marcio Moreira Alves por ofensa às Forças Armadas.
No dia seguinte o Conselho de Segurança Nacional baixa o AI 5, fecha o Congresso e aprofunda a repressão.
O clima para o AI 5 Foi preparado
E os estudantes escolhidos Como alvo tático para acirrar Os ânimos e justificar mais repressão
O ministro Gama e Silva, autor do texto, explicava que “a guerra revolucionária e seus atos de subversão (eram de extrema direita..) cresciam cada vez mais”.
Com o texto do AI 5 nas mãos há tempos, Gama e Silva preparou o clima para justificar mais repressão. Os estudantes foram escolhidos como alvo tático. A equipe do CCC inspirada por ele em S. Paulo tinha alunos de Direito da Universidade Mackenzie, radicais de direita da USP e policiais.
Como ministro da Justiça, Gama e Silva notabilizou-se por trazer sempre à mão o rascunho de um elenco de medidas de endurecimento da repressão política, o que acabou vingando em 13 de dezembro de 68 com a edição do Ato Institucional 5, que vigorou até 79.
A 18 de dezembro de 68 o ministro da Fazenda Delfim Neto declarava à imprensa que o AI 5 permitiria "tomar as medidas necessárias no sentido de reduzir o déficit do Tesouro e conter o processo inflacionário".
E Costa e Silva completava no dia seguinte, na Escola Superior de Guerra, que o governo teria com o AI 5 melhores condições para executar seu programa econômico.
Ou seja, mais repressão era bem vinda e esperada...
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Amigos, a participação do Boris C. no CCC em 68 foi neste cenário:
22 Atentados de
extrema direita
preparam para o
o AI 5 em 1968
São Paulo, Rio, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Sul tiveram alvos no semestre em que o regime fechou o Congresso
e ampliou a perseguição política em 1968.
Em S. Paulo a 18 de julho atores da peça Roda Viva de Chico Buarque foram espancados e o teatro Galpão depredado pela sigla CCC.
A 2 e 3 de outubro o prédio da Faculdade de Filosofia da USP
era destruído a bombas e um estudante morreu a tiro. No dia 5 sequestraram a atriz Norma Benguel e a levaram a um quartel do Exército no Rio de Janeiro.
Lá, bomba dera prejuízo à Associação Brasileira de Imprensa em julho e em outubro à editora Civilização Brasileira.
Em Porto Alegre, mais atores de Roda Viva foram sequestrados em outubro.
A 12 de dezembro a Câmara dos Deputados não dá licença para processar Marcio Moreira Alves por ofensa às Forças Armadas.
No dia seguinte o Conselho de Segurança Nacional baixa o AI 5, fecha o Congresso e aprofunda a repressão.
O clima para o AI 5
Foi preparado
E os estudantes escolhidos
Como alvo tático para acirrar
Os ânimos e justificar mais repressão
O ministro Gama e Silva, autor do texto, explicava que “a guerra revolucionária e seus atos de subversão (eram de extrema direita..) cresciam cada vez mais”.
Com o texto do AI 5 nas mãos há tempos, Gama e Silva preparou o clima para justificar mais repressão. Os estudantes foram escolhidos como alvo tático. A equipe do CCC inspirada por ele em S. Paulo tinha alunos de Direito da Universidade Mackenzie, radicais de direita da USP e policiais.
Como ministro da Justiça, Gama e Silva notabilizou-se por trazer sempre à mão o rascunho de um elenco de medidas de endurecimento da repressão política, o que acabou vingando em 13 de dezembro de 68 com a edição do Ato Institucional 5, que vigorou até 79.
A 18 de dezembro de 68 o ministro da Fazenda Delfim Neto declarava à imprensa que o AI 5 permitiria "tomar as medidas necessárias no sentido de reduzir o déficit do Tesouro e conter o processo inflacionário".
E Costa e Silva completava no dia seguinte, na Escola Superior de Guerra, que o governo teria com o AI 5 melhores condições para executar seu programa econômico.
Ou seja, mais repressão
era bem vinda e esperada...
Por Flavio Deckes – jan/2010
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