sábado, 9 de janeiro de 2010

EXCLUSIVO: BORIS CASOY E O COMANDO DO TERROR, SEGUNDO A REVISTA "O CRUZEIRO"


 
 
 
 
 

Um comentário:

Flavio Deckes disse...

Amigos, a participação do Boris C. no CCC em 68 foi neste cenário:


22 Atentados de
extrema direita
preparam para o
o AI 5 em 1968

São Paulo, Rio, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Sul tiveram alvos no semestre em que o regime fechou o Congresso
e ampliou a perseguição política em 1968.

Em S. Paulo a 18 de julho atores da peça Roda Viva de Chico Buarque foram espancados e o teatro Galpão depredado pela sigla CCC.

A 2 e 3 de outubro o prédio da Faculdade de Filosofia da USP
era destruído a bombas e um estudante morreu a tiro. No dia 5 sequestraram a atriz Norma Benguel e a levaram a um quartel do Exército no Rio de Janeiro.

Lá, bomba dera prejuízo à Associação Brasileira de Imprensa em julho e em outubro à editora Civilização Brasileira.

Em Porto Alegre, mais atores de Roda Viva foram sequestrados em outubro.

A 12 de dezembro a Câmara dos Deputados não dá licença para processar Marcio Moreira Alves por ofensa às Forças Armadas.

No dia seguinte o Conselho de Segurança Nacional baixa o AI 5, fecha o Congresso e aprofunda a repressão.


O clima para o AI 5
Foi preparado

E os estudantes escolhidos
Como alvo tático para acirrar
Os ânimos e justificar mais repressão


O ministro Gama e Silva, autor do texto, explicava que “a guerra revolucionária e seus atos de subversão (eram de extrema direita..) cresciam cada vez mais”.

Com o texto do AI 5 nas mãos há tempos, Gama e Silva preparou o clima para justificar mais repressão. Os estudantes foram escolhidos como alvo tático. A equipe do CCC inspirada por ele em S. Paulo tinha alunos de Direito da Universidade Mackenzie, radicais de direita da USP e policiais.

Como ministro da Justiça, Gama e Silva notabilizou-se por trazer sempre à mão o rascunho de um elenco de medidas de endurecimento da repressão política, o que acabou vingando em 13 de dezembro de 68 com a edição do Ato Institucional 5, que vigorou até 79.


A 18 de dezembro de 68 o ministro da Fazenda Delfim Neto declarava à imprensa que o AI 5 permitiria "tomar as medidas necessárias no sentido de reduzir o déficit do Tesouro e conter o processo inflacionário".

E Costa e Silva completava no dia seguinte, na Escola Superior de Guerra, que o governo teria com o AI 5 melhores condições para executar seu programa econômico.

Ou seja, mais repressão
era bem vinda e esperada...

Por Flavio Deckes – jan/2010