sábado, 7 de fevereiro de 2009

Safra de filmes aborda Alemanha da guerra e do pós-guerra

Safra de filmes aborda Alemanha da guerra e do pós-guerra

Reuters
Por Mike Collett-White e Michael Davidson
BERLIM (Reuters) - Filmes de guerra não são novidade, mas os cinemas estão recebendo atualmente uma safra de obras que abordam a Alemanha na Segunda Guerra Mundial, o Holocausto e o pós-guerra -- e cineastas dizem haver outras produções com essa temática a caminho.
Na sexta-feira, o Festival de Berlim exibe "O Leitor", de Stephen Daldry, em que Kate Winslet interpreta uma ex-guarda de campo de concentração, e o recente "Operação Valquíria" mostrou Tom Cruise no papel do coronel Claus von Stauffenberg, que tentou assassinar Adolf Hitler em 1944.
Daniel Craig estrelou "Defiance", sobre ativistas que enfrentam os nazistas e protegem centenas de judeus, e Jeff Goldblum foi aclamado por seu papel em "Adam Resurrected", em que vive um homem que, para sobreviver, agia como cachorro de um comandante nazista.
Eles se seguem a recentes produções alemãs sobre a guerra, como "A Queda", "Os Falsificadores" e "A Vida dos Outros", ganhador do Oscar.
"The Baader Meinhof Complex", sobre um grupo de militantes de esquerda suspeitos de matarem dezenas de personalidades da Alemanha Ocidental, saiu em setembro.
"Ainda fico surpreso por como foram feitos poucos filmes sobre a experiência alemã do pós-guerra, e estou satisfeito por isso estar começando", disse o britânico Daldry, de "O Leitor".
"Este filme é muito baseado nos anos de 1958 a 1995", disse ele à Reuters em Berlim. "Estou feliz e entusiasmado com o lançamento nos cinemas de 'The Baader Meinhoff Complex', mas suspeito que haverá mais filmes sobre aquela era da Alemanha."
"Acho que haverá muito mais filmes sobre o que levou a 1989 (queda do muro de Berlim) em ambos os lados da fronteira", disse ele.
Daldry disse estar ansioso para ver como as plateias alemãs receberão "O Leitor", indicado aos Oscars de melhor filme, diretor e atriz. "Acho que será polêmico aqui (...), acho que algumas pessoas ficarão aborrecidas por ser em inglês, e não em alemão. Acho que as pessoas terão muito a dizer sobre as mudanças de certos aspectos, de nuances do livro", afirmou.
Winslet disse que ficou nervosa ao apresentar o filme na Alemanha, onde o romance homônimo de Bernhard Schlink é muito conhecido. "De alguma forma voltar aqui é sensato, esta é uma plateia com a qual queremos conversar."

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