Edgard Frederico Leuenroth (Mogi Mirim, 31 de outubro de 1881 — São Paulo, 28 de setembro de 1968[1]) foi um tipógrafo, jornalista, arquivista e propagandista, um dos mais notáveis anarquistasdo período da Primeira República brasileira.[2]
Fundou diversos jornais e colaborou em diferentes funções junto a tantos outros. Esteve envolvido com os periódicos O Boi, O Alfa, Folha do Braz, O Trabalhador Gráfico, Portugal Moderno, A Terra Livre, A Lucta Proletária, A Folha do Povo, A Lanterna, A Guerra Social, O Combate, A Capital, Eclectica, Spartacus, A Plebe, Romance Jornal, Jornal dos Jornaes, A Noite, Ação Libertária e Ação Direta.[3] Foi também fundador de diversas entidades vinculadas a imprensa, entre estas o Centro Typographico de São Paulo, a União dos Trabalhadores Gráficos, a Associação Paulista de Imprensa e a Federação Nacional da Imprensa.[4]
Em 1917 foi julgado e condenado como um dos articuladores da Greve Geral. Com o surgimento do Partido Comunista Brasileiro passou a ser atacado por Astrojildo Pereira, comunista ex-anarquista que tinha como meta ampliar a influência do partido através do controle e alinhamento dos sindicatos e dos meios de imprensa operários até então libertários, com a proposta autoritária bolchevique.
Foi responsável direto pela constituição de um dos maiores arquivos existentes sobre a memória dos movimentos operário e anarquista que hoje está sob os cuidados da Universidade de Campinas, levando o seu nome.[1]